Para mim e para o Herrero, os monstros são criados em cachos de frutinhas cheias de pontas, que crescem em árvores horrorosas, num pântano dos mais medonhos. Na beirada do tal pântano, morava uma família de lavradores. Certo dia, um beijo que a mãe jogara para seus filhos foi levado pelo vento e foi beijar justamente uma das frutinhas de um cacho de monstros. Em uma noite sem lua, que é a hora em que nascem os monstrengos, nasceu Chuac, o monstrinho que já nasceu beijado. Certo dia, tentando voltar para casa, as crianças se perderam no pântano, e o monstro-rei, faminto, ordenou que Chuac fosse buscá-las para o seu jantar. Sem saber exatamente por que, o monstrinho resolveu desobedecer a ordem do seu rei e ajudar as crianças a voltar para casa. Toda vez que as crianças se desviavam do caminho, ele jogava uma fruta de um cacho de monstros na direção delas: da fruta nascia um monstrinho, que assustava os garotos e fazia com que corressem para o lado certo. Guiadas pela esperteza de Chuac, as crianças logo chegaram em casa e foram recebidas pelos pais, enquanto o pequeno monstro, do alto das árvores, ria satisfeito.